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27/08/2018

ICTB cria vice-direção de ensino e pesquisa


A bióloga e pesquisadora Fátima Fradinho é quem assume a nova vice-direção. (Foto: Gian Cornachini)

Por Gian Cornachini

À frente da nova vice-direção está a pesquisadora e bióloga Fátima Fandinho (ver lattes), ex-coordenadora do Laboratório de Referência Nacional para Bacteriologia da Tuberculose e Micobacterioses, do Centro de Referência Professor Hélio Fraga (ENSP/Fiocruz), onde também era vice-coordenadora. Mestre e doutora em microbiologia pela UFRJ, a pesquisadora está na Fundação há 23 anos e, antes da coordenação na Escona Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), passou pela área de desenvolvimento de vacinas em Bio-Manguinhos e pelo Laboratório de Biologia Molecular Aplicada a Micobactérias (IOC/Fiocruz). Sua atuação esteve sempre voltada para a tuberculose, sendo um surto da doença em primatas não humanos do ICTB que a ligou à unidade, anos atrás, em uma colaboração para ajudar na descontaminação da colônia. “Fizemos um trabalho com coleta de material clínico, como saliva e materiais para biópsia. Esse momento gerou um artigo*, publicado em 2017, que apresenta uma metodologia para diagnóstico rápido de tuberculose em primatas não humanos, útil para ser utilizado como triagem dos animais, em controle de colônias”, destacou Fátima.

A diretora do ICTB, Carla Campos, explicou o motivo da escolha por Fátima para assumir o cargo na unidade: “O ensino e a pesquisa são áreas estratégicas para o ICTB, tanto para seu desenvolvimento como também para cumprir sua missão como unidade técnico-científica. Fátima é uma pesquisadora experiente, já trabalhou em diversas áreas da Fiocruz, tem característica agregadora e alia dois perfis muito importantes: o de pesquisadora e gestora. Sua presença fortalecerá o diálogo com os diferentes serviços da unidade, fomentando a produção de artigos científicos e de novas iniciativas na área de ensino”.

Embora sejam áreas mais recentes na história do ICTB, a vice-diretora destaca que muito já foi feito, como projetos de pesquisa, publicação de resumos e artigos científicos, oferta de cursos de capacitação e desenvolvimento profissional, além do estabelecimento de um mestrado específico em ciências em animais de laboratório. Por isso, não vê dificuldade em extrair do próprio local de trabalho ideias para colaborar com mais avanços, uma vez que a rotina de trabalho na unidade é um campo fértil de produção científica: “Eu vejo um potencial enorme aqui, com pessoas bem treinadas, outras formadas ou em formação. Se fizermos um trabalho de coleta de dados das atividades diárias, já é possível produzir conhecimento e transformá-lo em diversos tipos de publicações. São 20 anos de história aqui, de importantes atividades de pesquisa e ensino, e venho para colaborar com elas”, ressaltou Fátima.

*Detection of mycobacterial infection in non-human primates using the Xpert MTB/RIF molecular assay. TUBERCULOSIS, v. 107, p. 59, 2017.

 

 

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