Projeto do ICTB com macacos-de-cheiro para estudos de SARS-Cov-2 é aprovado no Pibic | ICTB - Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos

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29/07/2020

Projeto do ICTB com macacos-de-cheiro para estudos de SARS-Cov-2 é aprovado no Pibic

Estudante de veterinária e equipe de profissionais do instituto buscam descobrir se a espécie de primata não humano pode ser um potencial biomodelo para estudos com o novo coronavírus

Por Gian Cornachini

O Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz) teve um projeto contemplado no processo seletivo 2020/2021 do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (Pibic), do CNPq. A partir de agosto, a veterinária e chefe da Coordenação de Pesquisa e Experimentação Animal (CPEA/ICTB), Márcia Andrade, e a estudante do 6º período de veterinária na Unigranrio, Larissa de Melo da Silva, vão trabalhar juntas na pesquisa “Análise histológica e expressão de ACE2 em estruturas pulmonares de macacos-de-cheiro (Saimiri sciureus) como potencial modelo para estudos do vírus SARS-Cov-2”. A troca profissional prevê contribuir com a formação científica da estudante enquanto a equipe visa descobrir se macacos-de-cheiro podem ser biomodelos potenciais para estudos relacionados à Covid-19.


O macaco mico-de-cheiro é um primata não humano de pequeno porte predominante na região amazônica; a Organização Mundial da Saúde considera a espécie um biomodelo adequado para pesquisas científicas como a malária. (Foto: Peter Ilicciev / Fiocruz)

Quando o SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19, entra em nosso organismo, ele utiliza a enzima ACE2 presente nas células do sistema respiratório para penetrar nelas, dando início à infecção. O que a equipe do projeto propõe é analisar as células pulmonares do macaco-de-cheiro, descobrir se elas têm a enzima ACE2 e se esta enzima se comporta de forma semelhante ao que acontece no organismo humano. “É uma maneira de avaliar a potencialidade de replicação do vírus nesse modelo animal para os estudos da Covid-19”, destacou Márcia.

A equipe espera, com o projeto, abrir mais um caminho de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus a partir das contribuições da ciência em animais de laboratório. “A determinação de um novo modelo animal para estratégias imunológicas e terapêuticas acerca da Covid-19 representa uma inestimável contribuição para a ciência, fornecendo subsídios para pesquisas que envolvem infecção experimental do SARS-Cov-2, como testes vacinais e de drogas anti-Covid-19”, ressaltou a veterinária.

Já para Larissa, a aprovação no Pibic será uma grande oportunidade para ter seu primeiro contato prático com a área da pesquisa científica e, de cara, com estudos voltados para a pandemia do novo coronavírus: “Estou bastante animada com o projeto porque é sobre um tema bem atual, e a Fiocruz é uma referência, então a gente fica naquela ansiedade pra começar logo”. A equipe dará início às atividades previstas no projeto em agosto.

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