Profissionais do ICTB defendem técnicas para reduzir uso de animais em palestra no IOC | ICTB - Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos

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Centro de criação de animais de laboratório

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18/12/2017

Profissionais do ICTB defendem técnicas para reduzir uso de animais em palestra no IOC


Luiz Berbert, do SCRL/ICTB, ressalta ao público: "Se você tem um métoido alternativo para utilizar no lugar de um animal, você deve fazê-lo". (Foto: Gian Cornachini)

Por Gian Cornachini

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) realizou, entre os dias 11 e 15/12, o International Course ‘Experimental Models in Malaria: biology, vaccines and pathogenesis’ (“Curso internacional ‘Modelos experimentais na malária: biologia, vacinas e patogênese’”, em tradução direta). O evento reuniu especialistas nacionais e do exterior para discutir, além de aspectos relacionados à malária, questões como o uso de animais em pesquisas contra a doença infecciosa. Para falar sobre o tema, foram convidados os colaboradores do ICTB Luiz Berbert (SCRL) e Márcia Andrade (CPEA), que compartilharam informações sobre as especificidades de roedores e primatas e abordaram medidas para diminuir seu uso em estudos científicos.

Intitulada Mouse strains at ICTB/Fiocruz: availability e and prospects (“Linhagens de camundongos no ICTB/Fiocruz: disponibilidade e perspectivas”, em português), a palestra de Luiz voltou-se para a explicação das linhagens de camundongos no Instituto e suas aplicabilidades nas pesquisas. O profissional destacou as regulamentações para experimentos com os biomodelos e chamou a atenção para evitá-los ao máximo: “Há regras e leis que devemos seguir para não prejudicar os animais. E se você tem um método alternativo para utilizar no lugar de um animal, você deve fazê-lo”. Como dica para seguir essa prática nas pesquisas, Luiz indicou as plataformas online Arrives Guidelines e Experimental Design Assistant (EDA), ferramentas disponibilizadas pela ONG inglesa NC3Rs que auxiliam pesquisadores a refinar, reduzir e até mesmo substituir o uso de animais em experimentos.


Márcia Andrade, da CPEA/ICTB, destaca relação do bem-estar animal com as pesquisas. (Foto: Gian Cornachini)

Já na palestra Nonhuman primates at ICTB/Fiocruz: availability e and prospects (“Primatas não-humanos no ICTB/Fiocruz: disponibilidade e perspectivas”, em português), Márcia explicou as características dos primatas não-humanos da Fiocruz e suas aplicações. A profissional ressaltou a importância dos cuidados diários dedicados aos animais, com atuação focada no bem-estar e na valorização do comportamento natural das espécies: “O manejo adequado dos primatas é fator crucial, limitante e de interferência das pesquisas”. Segundo ela, tais procedimentos geram um efeito em cadeia: biomodelos bem cuidados respondem melhor às pesquisas e tratamento de doenças, reduzindo, assim, o número de espécimes necessário para alcançar melhores resultados.

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