
Em 9/6, membros do Programa de Saúde Única (ProÚnica/ICTB) reuniram-se com pesquisadores da Fiocruz e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) durante o Fórum Transversal de Saúde Única. O evento, conduzido pelo coordenador do ProÚnica, o médico veterinário Paulo Abílio, teve o objetivo de debater formas de trabalho integrado entre as medicinas veterinária e humana e a biologia para a saúde e o bem-estar únicos.
Abrindo as apresentações, a idealizadora do ProÚnica, Carla Campos, abordou as consequências da ação humana para os animais e o meio ambiente. A médica veterinária relatou ameaças à saúde mundial, à segurança alimentar e à economia que demandam políticas públicas no âmbito da saúde única como resposta à prevenção de surtos de zoonoses e pandemias.
Em seguida, Paulo Abílio compartilhou as experiências da implementação do ProÚnica nos campi Fiocruz (Manguinhos e Maré). Da concepção às ações, ele explicou como funcionam as iniciativas de acolhimento de animais, controle e prevenção de zoonoses e educação continuada.
Paulo Abílio compartilhou as experiências do ProÚnica na Fiocruz durante o Fórum Transversal de Saúde Única (Foto: Departamento de Comunicação do CFMV)
Para completar o tripé da saúde única, a perspectiva ambiental foi tratada pela bióloga Andrea Vanini, e a dimensão humana pela médica Elba Lemos, ambas pesquisadoras da Fiocruz. Já Douglas McIntosh, microbiologista da UFRRJ, apresentou uma provocação sobre o futuro da saúde única.
Abílio encerrou o fórum motivando os presidentes dos conselhos regionais a incluírem, cada vez mais, a saúde única em eventos e congressos realizados nos estados, além de articular para que as faculdades tenham uma disciplina específica e incentivem os profissionais a produzir artigos técnicos e científicos. “O desafio é grande, mas com pequenos objetivos podemos mudar a vida de um animal, de uma pessoa, e contribuir para a saúde do planeta. Mesmo que não seja possível vê-lo, o futuro nos aguarda e a construção depende do que for feito agora”, concluiu.